sexta-feira, 13 de novembro de 2020

UMA CHAVE DE LEITURA (E REESCRITA) DO LEGADO FREIREANO, NO CALOR DOS DESAFIOS ATUAIS: Qual a contribuição de nossas organizações de base?

UMA CHAVE DE LEITURA (E REESCRITA) DO LEGADO  FREIREANO, NO CALOR DOS DESAFIOS ATUAIS:  Qual a contribuição de nossas organizações de base? 

  

 Alder Júlio Ferreira Calado 

 

Na perspectiva freireana (não  apenas), toda leitura de mundo se acha  necessariamente permeada pelas vicissitudes  históricas, isto é, sob a dinâmica do  movimento do tempo, bem como da marca da  espacialidade. Não faria sentido uma análise de uma situação presente, desconectada de  seus laços com passado e temperada com um  esforço prospectivo: presente-passado-futuro  são traços necessariamente interconectados,  como condição de uma análise dentro da  criticidade desenvolvida (também) em Paulo  Freire, não apenas proposta, mas sobretudo  testemunhado, ao longo de seu percurso  existencial. Resulta, por conseguinte, não  apenas possível, mas também necessário, ao  nos debruçarmos sobre o calor da atualidade,  por mais conflituosa que se manifeste, sem a  devida atenção a aspectos tais como: De  onde vem este presente? Como foi forjado,  até desaguar no que hoje se tem? que forças,  durante esse período, estiveram confrontando se, e à luz de que projetos de sociedade?  

 

Freire: leitura e reescrita de mundo

 

Tanto no conjunto de suas obras,  como em suas intervenções orais (entrevistas,  depoimentos, conversações, sem contar sua 
expressiva atividade epistolar), e sobretudo  em todo o seu legado existencial. Observa-se  que Freire foi sempre um observador  perspicaz da realidade social, atento a seus  mais complexos movimentos, extensão e  complexidade.  

O exercício de observação perspicaz,  da realidade em movimento, os registros por  ele anotados de tal observação não se faziam  em nome de um mero exercício acadêmico de constatação da realidade, mas como eficazes  instrumentos voltados à transformação  substantiva das relações sociais, tanto na  esfera econômica, quanto na esfera política  quanto na esfera cultural neste horizonte,  Freire se mostra organicamente afinado com  o espírito da Tese 11, por Marx dirigida em  relação Feuerbrach: “Os filósofos têm apenas  interpretado o mundo de maneiras diferentes;  a questão, porém, é transformá-lo.”.  

A este respeito sinto-me remetido a  uma de tantas entrevistas suas em que lhe foi  perguntado como se sentia, ao ser  reconhecido como o criador de um método de  alfabetização. Respondeu que se sentia  agradecido por este reconhecimento, mas que  sua gula era bem maior do que isto, pois seu  compromisso maior estava voltado à  transformação da realidade social. De tal  movimento faz parte seu zelo pela  identificação dos mais distintos nexos  presentes e atuantes na produção de nossa  realidade. 

Nesse sentido, saltam à vista certos  conceitos por ele trabalhados, seja de modo  explícito, seja tacitamente, mas nem por isso, menos presentes. A começar pela categoria,  ou melhor, pelo seu testemunho contínuo do  exercício do Diálogo - com os parceiros, com  os diferentes, sem deixar de considerar criticamente até os argumentos de correntes  antagônicas (sem que isto resulte em  parceria! 

 

Diálogo e outras categorias freirianas

É pelo exercício incansável do  diálogo, que também vamos exercitando nossa criticidade e nossa postura propositiva  frente às mais diversas situações  desafiadoras, o exercício contínuo do  Diálogo se apresenta como condição  necessária à superação de nossas próprias  insuficiências (“Inacabamento”), bem como  do despertar e do assumir de nossas próprias  potencialidades (do âmbito pessoal ao  comunitário) nossos limites de seres humanos  não são enfrentados adequadamente,  tampouco superados, no isolacionismo.  

Precisamos da experiência  comunitária, grupal (núcleos, círculos,  conselhos populares... não importa o nome),  como condição para o reconhecimento dos  nossos limites pessoais e coletivos, bem  como para lidar com a superação de tais  limites, ao longo de nossa existência. É por  conseguinte, fundamental o exercício  contínuo do diálogo para irmos tornando-nos  Gente, protagonista da própria história,  agentes de transformação social... 

É, também, graças ao exercício  contínuo do Diálogo, que nos tornamos  aprendizes uns dos outros, seja no tocante a  virtudes e dons, seja no tocante também ao  aprendizado com os erros alheios e com os  nossos próprios erros, caminho para o  aprendizado incessante do exercício da  autocrítica, outra expressão-chave no  universo vocabular freireano, segundo o qual  

o exercício da própria crítica se inicia com o  exercício da autocrítica: inútil esbravejar  contra os malfeitos alheios se não sou capaz e  não faço qualquer esforço de olhar e  reconhecer do quanto que eu acuso dos outros  se aloja em mim mesmo... 

  

“Ação cultural”, “Educação  libertadora”, “Diálogo”, “Consciência de  inacabamento”, “Criticidade”, “Crítica autocrítica”, “Curiosidade epistemológica”, “Autonomia”, “Inédito viável”,  “Esperançar”, “Práxis”, “Utopia”, e tantas  outras expressões-chave por ele criadas, por  ele desenvolvidas ou por ele assumidas, não  correspondem precisamente a meros  conceitos acadêmicos: constituem, antes de  tudo, experiências por ele assumidas, em seu  legado. Isto, todavia, não cai do céu: é fruto de incessante processo formativo (pessoal e comunitário), a ser assumido pelos próprios  protagonistas, bem como pelas forças sociais  historicamente vocacionadas a irem  transformando substantivamente, no chão do  dia-a-dia, as relações sociais hegemônicas. 

Em busca da permanente construção de um novo modo de  produção, de um novo modo de consumo e de um novo modo de  gestão societal, como alternativos à barbárie  do Capitalismo, cujos efeitos vêm  ameaçando, cada vez mais, a vida no planeta,  bem como as condições mais elementares do  processo de humanização. O atual momento, no Brasil e no mundo, se mostra um atestado  inequívoco destas ameaças. 

Brasil, desafios e perspectivas

No caso do Brasil atual, nossa  sociedade vem se mostrando profundamente  vulnerável a esta onda de barbárie que ronda  todo o mundo. São vastos e preocupantes os  sinais de barbárie: a tendência à tudo resolver  pelo argumento da força, a crença assustadora  na resolução dos impasses, pela força das  armas; a tenebrosa e crescente onda de  classismo ou horror à causa dos pobres), de  sexismo (cf. os alarmantes índice de  feminicídio, as diversas formas de violência  contra as mulheres), de racismo (o  ódio destilado contra povos indígenas e  comunidades quilombolas), de homofobia, de  xenofobia...O pior é que, não raro, tais práticas  se acham ou se querem estranhamente  fundadas em princípios evangélicos,  retratando, em nome de Deus, a mais vil  idolatria... 

Bem sabemos que, tanto no Brasil,  quanto na América Latina e no Caribe, quanto  no mundo, tais manifestações tenebrosas, não  nasceram do nada, mas como expressão e  resultado de múltiplos e complexos fatores  externos e internos.  

No caso particular do Brasil, já tivemos um período em que nossas organizações de  base, atuando como agentes de  transformação, colhiam sua força do  profundo enraizamento nas comunidades, nos  núcleos, nos círculos de cultura, nos  conselhos populares, etc, período durante o  qual tais riscos e tais ameaças estiveram sob  controle, visto que graças à atuação coerente  desses sujeitos (individuais e coletivos) parte  expressiva da sociedade se via alimentada e  empoderada de práticas e valores ais como: a  solidariedade, o respeito à diversidade, a  partilha, a disposição de diálogo, o  testemunho profético, o exercício da crítica e  da autocrítica, a desconfiança nos espaços  estatais como caminho de transformação  social, na direção almejada... 

Também tal realidade vivenciada  naquele período, a despeito de suas  fragilidades, estava fundamentalmente  ancorada na orgânica articulação de 3 campos  de atuação: o campo organizativo, o campo  formativo, e o campo de  mobilização. Enquanto isto durou,  significativas conquistas tiveram lugar.  Abandonados ou fortemente reduzidos tais  campos, no campo e nas periferias urbanas,  nossas organizações de base, historicamente  vocacionadas a ir criado condições de  efetivas mudanças societais passaram a sofrer  sucessivos e perigosos refluxos na falsa  crença de que tais mudanças brotariam, não  mais de um incessante processo de  transformação social (a partir de um novo  homem, de uma nova mulher), mas apenas  pela mágica da ocupação de espaços  governamentais. 

É tempo de resistência! Ao mesmo tempo, não será também, tempo de  retomarmos, no campo e na cidade, em novo  estilo, práticas e concepções grávidas de  alternatividade? 

REFERENCIAS

 

FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade, 19ª ed,, Rio: Paz e Terra, 1989.

____________. Extensão ou Comunicação?, 4ª ed., Rio: Paz e Terra, 1979.

____________. Pedagogía del Oprimido, 8a ed., Buenos Ayres: Siglo Veintuno, 1973.

________ ___. Conscientização: teoria e prática da libertação. Uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 1980.

____________. Ação Cultural para a Liberdade e outros escritos, 3ª ed., Rio"Paz e Terra: 1978.

____________. Educação e Mudança, 23ª ed., Rio: Paz e Terra, 1999.

____________. Cartas à Guiné-Bissau. Registros de uma experiência em processo, 2a ed., Rio: Paz e Terra, 1978.

____________. Sobre Educação (Diálogos), vol. II, Rio: Paz e Terra, 1984 (em parceria com Sérgio Guimarães).

____________. Essa Escola chamada Vida, 7ª ed., São Paulo: Ática, 1991 (em co-autoria com Frei Betto).

____________ Por uma Pedagogia da Pergunta, 2ª ed., Rio: Paz e Terra, 1986 (em co-autoria com Antonio Faundez).

____________. Aprendendo com a própria História. Rio: Paz e Terra, 1987 (em co-autoria com Sérgio Guimarães).

____________. A Importância do Ato de Ler. Em três artigos que se completam, 39ª ed,, São Paulo: Cortez, 2000.

____________. Alfabetização: leitura da palavra, leitura do mundo. Rio: Paz e Terra, 1990 (em co-autoria com Donaldo Macedo).

____________. Pedagogia da Esperança. Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido, 5ª ed., Rio: Paz e Terra, 1998.

___________. Política e Educação, 5ª ed., São Paulo: Cortez, 2001.

___________. À Sombra desta Mangueira. São Paulo: Olho d'Água, 1995.

____________. Pedagogia da Autonomia, 6ª ed., Rio: Paz e Terra, 1997.

MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Ideologia Alemã. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Minicursos

Local - Salas do CA 

MINICURSO 1

Título: O corpo que cala: A vida divina e a emancipação do corpo no pensamento de Marguerite Porète.

Profª Amanda Oliveira da Silva Pontes (UEPB)

RESUMO:
O minicurso tem o objetivo de apresentar o pensamento de Marguerite Porète no que concerne ao corpo e sua atuação dentro da mística. Procurando situar o corpo no itinerário místico proposto por Marguerite Porete, buscamos discutir o porquê desta escritora medieval rejeitar a compleição física como meio para alcançar a vida divina. Para autora e escritora do Espelho das almas Simples, o corpo não participa ou goza da experiência imediata de Deus; a natureza corpórea deve ser emancipada da substância espiritual e por isso mesmo alheado a experiência mística. Intentamos então compreender como se desenvolve este processo no trajeto indicado por Marguerite Porète para alcançar a plenitude divina e quais suas motivações para recusar a participação do corpo neste percurso.

MINICURSO 2

Título: O Latim nos hinos litúrgicos: a face clerical do medievo

Prof. Dr. Alder Júlio Ferreira Calado (UFPB)

RESUMO:

A título de exercício da Língua Latina, propõem-se para rápido estudo alguns hinos litúrgicos medievais, ainda hoje cantados (“Pange lingua”, “Veni, Sancte Spiritus”, “Adoro te devote”). De modo contextualizado, a leitura e discussões dos hinos em latim serão acompanhadas de vídeos ou áudios, com as respectivas letras.

MINICURSO 3

Título: Magia e a utopia da vontade

RESUMO:

O minicurso propõe uma discussão dividida em dois eixos principais. O primeiro é a definição do conceito de magia e os elementos que ela engloba, apresentando exemplos diversos das formas mais comuns praticadas durante os séculos XII e XIII, de acordo com os termos definidos previamente. O segundo eixo é o de apresentar duas narrativas do século XII, de Geoffrey de Monmouth, a Historia Regum Britanniae e a Vita Merlini, chamando a atenção para os elementos do mágico e do maravilhoso, analisando-os de acordo com a discussão teórica a respeito do tema. O objetivo do minicurso é o de propor uma reflexão a respeito da magia, ou, dito de outra maneira, das ferramentas que dispunham os homens e mulheres medievais para alcançar seus desejos, por um lado, e responder às necessidades mais prementes de uma vida cheia de contrastes radicais. A utopia da vontade é o desejo sempre renovado de alcançar aquilo que está para diante das possibilidades materiais imediatas dos homens da Idade Média.

Apresentação cultural e Lançamento de livros

12/06/2017

11h00 - Performance A Cidade das Damas

11h30 - Apresentação musical – Cantigas de amor

Músicos: Rosário Leite e Daniel Seixas

“Oh Del mio dolce ardor” (da ópera Páris e Helena, Christoph Willibald Gluck)

“Suspiro d’alma” (Carlos Gomes)

“Quem sabe” (Carlos Gomes)

13/06/2017

11h30 - Apresentação do Grupo Verso de Boca (UFC)

14/06/2017

11h30 - Lançamento de livro


                                             CONFERÊNCIAS E MESAS REDONDAS


CONFERÊNCIAS


 CONFERÊNCIA DE ABERTURA

12/06/2017

09:30  - Auditório da reitoria

Utopias medievais
Prof. Dr. Edward Hoornaert


 CONFERÊNCIA 2

13/06/2017

10:30  - Auditórios do CA

Paraíso e Utopia: uma viagem ao Além Medieval na Visão de Túndalo
Profª.Drª. Adriana Zierer


 CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO

14/06/2017

10:30 - Auditório do CA

A Mística Feminina Medieval como “um lugar para se perder”
Profª.Drª Maria Simone Marinho Nogueira



                                                MESAS-REDONDA

12/06/2017  -  13:45 às 15h45

MESA-REDONDA 1: Autoria feminina : do medievo à contemporaneidade
 Neta(s) de D. Dinis”: Fiama Hass Pais Brandão, Maria Teresa Horta, Myriam Coeli e Natália Correia

Profª. Drª. Conceição Flores (UnP)

Traços da lírica trovadoresca amorosa em Viagem, de Cecília Meireles

Profª.Drª. Maria Aparecida Lima Francisco (UEPB)

“Quem é a autora?”: Literatura de autoria feminina na Inglaterra medieval

Profª;Msª. Fernanda Cardoso Nunes (UECE)

Utopia, distopia e a insatisfação com a realidade em A Cidade das Damas de Christine de Pizan e O Último Homem de Mary Shelley

Profª Msª Janile Pequeno Soares (UFPB)

MESA-REDONDA 2: Utopia e imaginário medieval

 Utopia literária espanhola: cronologia de uma fuga.

Prof. Dr. Juan Ignacio Jurado Centurión Lopez (UFPE)

 Cartografia das terras imaginárias: a utopia do maravilhoso na Idade Média.

Profª. Drª. Beliza Áurea (UFPB)

As viagens de São Jorge entre tempos e territórios medievais antes de embarcar na liturgia contemporânea de Umbanda

Profª.Dr. Roncalli Dantas Pinheiro (UFPB)

Dante e a utopia medieval da Divina Comédia: categorias literárias antigas e medievais

Prof.Dr. Anderson D´Arc

13/06/2017   - 08:30-10:15

 MESA-REDONDA 3: Mística feminina e Amor cortês

 A poética de Fin´Amors na obra de Marguerite Porète

Profª.Msª. Maria Graciele de Lima (UFPB)

 Mística e amor cortês em Espelho das almas simples e aniquilidas de Marguerite Porète

Profª;Drª Karine Rocha (UFPE)

Os enlaces divinos na poesia da beguina Hadewijch de Amberes

Profª. Msª Paloma (UEPB/UFPB)

MESA-REDONDA 4: Grupo Christine de Pizan

Mil anos depois: notas sobre a tradução para o português brasileiro do tratado de medicina para as mulheres de Trotula di Ruggiero (séc. XI)

Profª.Drª. Karine Simoni (UFSC) e Profª.Drª. Luciana Calado Deplagne (UFPB)

Resistência e utopia na Cidade das Damas

Profª.Msª. Ana Miriam Wuensch (UnB)

A Mística em Hildegarda de Bingen

Profª.Msª. Mirtes Pinheiro (UFMG)

14/06/2017 - 08:30-10:15

MESA-REDONDA 5:  Estudos Antigos e Medievais: visões interdisciplinares

 As crônicas do século XVI: uma necessária análise interdisciplinar

Prof. Dr. Luciano José Vianna (UPE)

 A utopia na República de Platão: mito da caverna

Prof. Dr. Marco Valério Colonnelli (UFPB)

Imagens da Utopia Medieval na construção do Imaginário Americano

Prof. Dr. Juan Pablo Martín Rodrigues (UFPE)

Hipátia de Alexandria (370-413 d. C), exemplo de mulher intelectual na transição entre a Antiguidade-Tardia e o Medievo

Prof.Dr. Marcos Roberto Nunes da Costa (UFPE)

 
MESA-REDONDA 6: Maravilhoso Medieval e Novelas de Cavalaria

 Utopias medievais e o Merlim cristianizado

Prof. Dr. André de Sena (UFPE)

O maravilhoso nas novelas de cavalaria

Profª. Drª. Luciane Alves Santos (UFPB)

O maravilhoso em uma novela de cavalaria renascentista portuguesa: um estudo sobre o Memorial das Proezas da Segunda Távola Redonda, de Jorge Ferreira de Vasconcelos

Profª.Msª Letícia Raiane dos Santos (UFPE)


quarta-feira, 17 de maio de 2017

Conferências e Mesas-redondas - Atualizado

A Mística Feminina Medieval como “um lugar para se perder”
Profª.Drª Maria Simone Marinho Nogueira
Lattes - http://lattes.cnpq.br/9006294908415944

Mística e amor cortês em Espelho das almas simples e aniquilidas de Marguerite Porete
Profª;Drª Karine Rocha
Lattes -  http://lattes.cnpq.br/5363499315142795

Paraíso e Utopia: uma viagem ao Além Medieval na Visão de Túndalo
Profª.Drª. Adriana Zierer
Lattes : http://lattes.cnpq.br/5098951451070268

As crônicas do século XVI: uma necessária análise interdisciplinar
Prof. Dr. Luciano José Vianna
Lattes –  http://lattes.cnpq.br/2023473590819430

Utopias medievais e o Merlim cristianizado
Prof. Dr. André de Sena
Lattes – http://lattes.cnpq.br/9977565773182194

Mistica, alchimia ed eros nell’universo medievale”. Utopia o ricerca della perfezione?
Claudio Lanzi
Centro de pesquisa SIMMETRIA: http://www.simmetria.org

O maravilhoso nas novelas de cavalaria
Profª. Drª. Luciane Alves Santos
Lattes –  http://lattes.cnpq.br/4298723741829457

Utopia literária espanhola: cronologia de uma fuga.
Prof. Dr. Juan Ignacio Jurado Centurión Lopez
Lattes – http://lattes.cnpq.br/5552709282004326

Neta(s) de D. Dinis”: Fiama Hass Pais Brandão, Maria Teresa Horta, Myriam Coeli e Natália Correia
Profª. Drª. Conceição Flores
Lattes –  http://lattes.cnpq.br/4538331544565400

Cartografia das terras imaginárias: a utopia do maravilhoso na Idade Média.
Profª. Drª. Beliza Áurea
Lattes –  http://lattes.cnpq.br/3302760040087237

Dante Alighieri – A Rosa mística e o Amor que move as estrelas
Profª. Drª. Suelma Moraes
Lattes –  http://lattes.cnpq.br/5680543166311320

A utopia na República de Platão: mito da caverna
Prof. Dr. Marco Valério Colonnelli
Lattes –  http://lattes.cnpq.br/1798633580735618

Imagens da Utopia Medieval na construção do Imaginário Americano
Prof. Dr. Juan Pablo Martín Rodrigues
Lattes – http://lattes.cnpq.br/3684448281838191

“Quem é a autora?”: Literatura de autoria feminina na Inglaterra medieval
Profª;Msª. Fernanda Cardoso Nunes
Lattes– http://lattes.cnpq.br/3129398156367951

A poética de Fin´Amors na obra de Marguerite Porète
Profª.Msª. Maria Graciele de Lima
Lattes –  http://lattes.cnpq.br/6946278161576862

Traços da lírica trovadoresca amorosa em Viagem, de Cecília Meireles
Profª.Drª. Maria Aparecida Lima Francisco
Lattes – http://lattes.cnpq.br/2017575072747770







terça-feira, 2 de maio de 2017

Prorrogada a inscrição do IV Seminário de Estudos Medievais da Paraíba- Utopias Medievais

ATENÇÃO:
Devido a um número significante de solicitações, a Comissão organizadora decidiu prorrogar o prazo para inscrições de trabalhos no IV Seminário de Estudos Medievais na Paraíba até o dia 07/05/2017. Por questões de ordem prática, as propostas de resumos enviadas a partir da data de hoje, juntamente com as fichas de inscrição e comprovante de pagamento, devem ser enviadas para o e-mail do evento: giem.eventos@gmail.com.
Abaixo os novos prazos:
Envio do resumo para sessões de comunicação: 15/02/2017 até 25/04/2017
Prorrogado até 07/05/2017
Confirmação de aceite: 26/04/2017
Prorrogado até: 08/05/2017
Pagamento da taxa de inscrição até: 01/05/2017
Prorrogado até: 10/06/2017
Envio do trabalho completo para publicação nos anais do evento: 31/07/2017
Ouvinte com certificado até: 31/05/2017
Mais informações: http://www.cchla.ufpb.br/semp-2017/
ou giem.eventos@gmail.com


segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

IV SEMINÁRIO DE ESTUDOS MEDIEVAIS NA PARAÍBA






PESQUISADORES CONFIRMADOS:

A Mística Feminina Medieval como “um lugar para se perder
Profª.Drª Simone Maria Nogueira
Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4771421A7

Mística e amor cortês em Espelho das almas simples e aniquilidas de Marguerite Porete
Profª;Drª Karine Rocha

Paraíso e Utopia: uma viagem ao Além Medieval na Visão de Túndalo
Profª.Drª. Adriana Zierer
Lattes : http://lattes.cnpq.br/5098951451070268

As crônicas do século XVI: uma necessária análise interdisciplinar
Prof. Dr. Luciano José Vianna
Lattes –  http://lattes.cnpq.br/2023473590819430

Utopias medievais e o Merlim cristianizado
Prof. Dr. André de Sena
Lattes – http://lattes.cnpq.br/9977565773182194

Mistica, alchimia ed eros nell’universo medievale”. Utopia o ricerca della perfezione?
Claudio Lanzi
Centro de pesquisa SIMMETRIA: http://www.simmetria.org

O maravilhoso nas novelas de cavalaria
Profª. Drª. Luciane Alves Santos

Utopia literária espanhola: cronologia de uma fuga.
Prof. Dr. Juan Ignacio Jurado Centurión Lopez

Neta(s) de D. Dinis”: Fiama Hass Pais Brandão, Maria Teresa Horta, Myriam Coeli e Natália Correia
Profª. Drª. Conceição Flores

Cartografia das terras imaginárias: a utopia do maravilhoso na Idade Média.
Profª. Drª. Beliza Áurea

Dante Alighieri – A Rosa mística e o Amor que move as estrelas
Profª. Drª. Suelma Moraes


A utopia na República de Platão: mito da caverna
Prof. Dr. Marco Valério Colonnelli
Lattes –  http://lattes.cnpq.br/1798633580735618


 IV SEMINÁRIO DE ESTUDOS MEDIEVAIS NA PARAÍBA
UTOPIAS MEDIEVAIS

João Pessoa, PB
12, 13 e 14 de junho


  



Primeira circular

O Grupo Interdisciplinar de Estudos Medievais (CNPq/PPGL/UFPB), comemorando o seu décimo aniversário em 2017, convida a comunidade acadêmica a participar do IV Seminário de Estudos Medievais na Paraíba. A quarta edição do Seminário terá como tema “Utopias medievais” e será organizado em parceria com os grupos Christine de Pizan(CNPq/UFPB/UnB), Grupo de Pesquisa Estudos Literários Lusófonos (CNPq/UEPB) e Principium (CNPq/UEPB).
O cenário sombrio, de instabilidade política, retrocessos sociais e ameaça à liberdade em que a humanidade se encontra nessa segunda década do século XXI nos apela a pensarmos em um outro projeto de sociedade, com mais justiça, humanidade e paz. Para se buscar alternativas possíveis às crises é importante refletirmos sobre crises anteriores e as diversas utopias construídas   como motor de transformação social. Focando no período medieval, o historiador Hilário Franco Júnior examinou na obra As utopias medievais (1992) algumas elaborações utópicas: utopia da abundância – a Cocanha; a utopia da Justiça – o Milênio; a utopia do sexo – a androginia; a utopia matriz – o paraíso. Inspiradas na obra do medievalista brasileiro propomos pensar o fenômeno utópico em alguns segmentos da sociedade, a partir dos seguintes eixos temáticos:
·        Utopia do amor: Fin´Amors
·        Utopia da autonomia: As Beguinas
·        Utopia da querelle des femmes: A Cidade das Damas
·        Utopia e Novelas de cavalaria


Em uma perspectiva transdisciplinar de teóricos que refletiram acerca da Utopia, como Ernst Bloch, Karl Mannheim, Paul Ricoeur, Hilário Franco Júnior, entre outros, o evento propõe discutir o fenômeno utópico através de conferências, minicursos, mesas-redondas e sessões de comunicação.

Prazos
Envio do resumo para sessões de comunicação
15/02/2017 até 15/04/2017
Confirmação de aceite
30/04/2017
Envio do trabalho completo para publicação nos anais do evento
 31/07/2017

Valores das inscrições
Professor@s e pesquisador@s pós-graduad@s
R$ 80,00
Estudantes de Pós-graduação
R$ 50,00
Estudantes de graduação
R$ 30,00
Ouvintes com certificado
R$ 10,00
Ouvintes sem certificado
Gratuito

Normas para inscrição
Os resumos para sessões de comunicação devem ser enviados para o e-mail d@ representante do eixo temático pretendido até o dia 15 de abril:
EIXO TEMÁTICO
REPRESENTANTES
Utopia do amor: Fin´Amors
Ria Lemaire
Luciana Calado Deplagne
E-mail: eleonoracalado@gmail.com
Utopia da autonomia: As Beguinas

Karine Rocha
Maria Simone Marinho Nogueira
Utopia da querelle des femmes: A Cidade das Damas
Claudia Brochado
Ana Miriam Wuensch
Utopia e Novelas de cavalaria
Aldinida Medeiros
Temática livre voltada aos Estudos Medievais
Luciano Viana
Email: lucianao.jose.vianna@gmail.com
Informações adicionais: giem.eventos@gmail.com
Site do evento:http://www.cchla.ufpb.br/semp-2017/eixos-tematicos/

Comissão organizadora:
Profª Drª Aldinida Medeiros (UEPB)
Profª Drª Ana Miriam Wuensch (UnB)
Profª Drª Luciana Calado Deplagne (UFPB)
Profª Drª Maria Simone Marinho (UEPB)

Comissão científica:
Profª Drª Aldinida Medeiros (UEPB)
Profª Drª Ana Miriam Wuensch (UnB)
Profª Drª Beliza Áurea (UFPB)
Profª Drª Cláudia Brochado (UnB)
Profª Msª Fernanda Cardozo (UECE)
Drª Isabel Lousada (Universidade Nova de Lisboa)
Profª Drª Karine Rocha (UFPE)
Profª Drª Luciana Calado Deplagne (UFPB)
Prof. Dr. Luciano Viana (UPE)
Profª Msª Maria Graciele Lima (PPGL/UFPB)
ProfªDrª Maria Simone Marinho Nogueira (UEPB/UFPB)
ProfªDrª Ria Lemaire (Université de Poitiers)